terça-feira, 13 de abril de 2010

terça-feira, 23 de março de 2010

Por que reduzir, reutilizar e reciclar.

Tirar do lixo materiais que podem ser reciclados traz benefícios à sociedade e ao meio ambiente.
A quantidade de lixo domiciliar produzida no Brasil atualmente é de 115 mil toneladas por dia. Se esse lixo fosse colocado de uma só vez em caminhões, haveria uma fila de 16.400 deles ocupando 150 quilômetros de estrada. Em apenas três dias, essa fila ultrapassaria a distância entre São Paulo e Rio de Janeiro.
Cerca de 30% de todo o lixo é composto de materiais recicláveis como papel, vidro, plástico e latas. Tirar esses materiais do lixo traz uma série de vantagens. Uma delas é recursos naturais e de energia que se faz com a reciclagem. Cada lata de alumínio reciclada, por exemplo, economiza energia elétrica suficiente para manter uma lâmpada de 60 watts acesa por quatro horas. E a reciclagem de 100 toneladas de plástico evita o uso de 1 tonelada de petróleo.
A coleta seletiva também diminui o volume de lixo que vai para os aterros sanitários, aumentando sua vida útil e evitando que as prefeituras tenham de gastar dinheiro com a construção de novos aterros. Outro ganho para a sociedade acontece  quando os materiais recicláveis são encaminhados para centrais de triagem mantidas por cooperativas de catadores, que têm ali um trabalho mais digno do que vasculhar recicláveis pelas ruas ou em lixões.
                   
                               Fonte: http://www.akatu.org.br/consumo_consciente/orientacoes/coleta-seletiva/por-que-reduzir-reutilizar-e-reciclar

Movimento Hora do Planeta 2010, promovido pela WWF, pretende mobilizar comunidade mundial a se manifestar contra o aquecimento global. Ação acontece no sábado, dia 27 de março, entre as 20h30 e 21h30.

No dia 27 de março, entre as 20h30 e 21h30, faça uma experiência: abra as janelas da sua casa ou apartamento, apague as luzes e tente descobrir a beleza da luz natural. Além de viver um momento diferente e agradável, você estará participando de uma manifestação pacífica em favor da redução das emissões dos gases do efeito estufa – que causam o aquecimento global – e da conservação dos ecossistemas. Trata-se do movimento global Hora do Planeta 2010, organizado pela WWF em defesa da conservação do planeta.

Segundo os organizadores, é uma oportunidade crucial que as pessoas têm de manifestar sua preocupação com as mudanças climáticas. Para este ano, o movimento já conta com a adesão de quase 2 mil cidades espalhadas por mais de 100 países (foram 88 na edição passada). No Brasil, já aderiram mais de 14 mil pessoas, 176 organizações e 1035 empresas de quase 30 cidades, entre elas 10 capitais. São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte e Rio Branco estão entre elas.

O ato simbólico de apagar as luzes foi escolhido por ser  uma ação simples, que pode ser realizada por qualquer pessoa em qualquer lugar. Entretanto, alguns monumentos famosos pelo mundo como Torre Eiffel (Paris), a Grand Palace (Bangcoc), London Eye, (Londres), Empire State Building (Nova Iorque), Fontana di Trevi (Roma). No Brasil, pontos famosos como o Cristo Redentor (Rio de Janeiro), Praça da Alfândega (Porto Alegre), Ponte Estaiada (São Paulo) e Estufa do Jardim Botânico (Curitiba) também vão chamar a atenção do público.

O Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e algumas de suas empresas parceiras apóiam esta iniciativa. O Akatu acredita que ações como essa ajudam a conscientizar os consumidores sobre a necessidade urgente de medidas no combate ao aquecimento global. E despertam a reflexão sobre as pequenas mudanças nos hábitos cotidianos, que provocam grande impacto quando praticadas por todos.
Interessados em se cadastrar (pessoas, organizações e empresas, devem acessar o site do movimento.

Primeiro na Austrália, depois no mundoO movimento Hora do Planeta surgiu na Austrália, em 2007, quando 2,2 milhões de habitantes em Sydney apagaram as luzes de suas casas e apartamentos, no dia 31 de março, durante uma hora. Monumentos, pontes e espaços públicos também ficaram às escuras. Na época, o país produzia cerca de 80% da sua eletricidade a partir de usinas termoelétricas a carvão, o mais emissor de gases de efeito estufa entre os combustíveis fósseis. Por isso, na Austrália, reduzir o consumo de energia elétrica reduz também a emissão desses gases.

Em todo o mundo, a produção de energia é o setor que mais emite gases de efeito estufa, com mais de 20% do total. No Brasil, embora a maior parte das emissões de gases de efeito estufa seja pelo desmatamento e pelas atividades agropecuárias, é importante participar do movimento a favor da Terra com o simples ato de apagar as luzes.

A Hora do Planeta é um belo convite à reflexão e nos desperta para as pequenas ações transformadoras praticadas no cotidiano. Veja abaixo algumas sugestões do Akatu que mostram como mudanças na sua forma de consumir podem contribuir para combater o aquecimento global e as mudanças climáticas:

Saber de onde vem a carne que você comeA criação de gado na Amazônia é atualmente um dos principais indutores da devastação da floresta. No supermercado ou no açougue, peça informações sobre a origem da carne, dando preferência a comprar de empresas que afirmam selecionar fornecedores que não trabalham em áreas desmatadas ilegalmente.

Preferir produtos de madeira certificadaA destruição das matas nativas é a maior fonte de emissão de gases de efeito estufa no Brasil. E quase toda madeira extraída ilegalmente é vendida no próprio mercado brasileiro. Comprar apenas produtos feitos com madeira certificada, aqueles que têm o selo FSC, ou o de madeira de reflorestamento, é a maneira mais segura de saber que você não está colaborando com o desmatamento ilegal.

Comprar produtos florestais sustentáveis
Além de ser a principal causa de emissão de gases de efeito estufa no Brasil, o desmatamento ilegal, sobretudo na Amazônia, traz sérios prejuízos ao meio ambiente e à sociedade. Uma das formas de combatê-lo é criar alternativas de geração de emprego e renda para a população amazônica a partir do uso sustentável da floresta. Você pode apoiar essas iniciativas comprando produtos feitos pelas comunidades que vivem na floresta Amazônica, como cestos ou óleos artesanais, ou mesmo produtos industrializados, como chocolates ou produtos de beleza, que usem matéria-prima extraída da floresta de forma não predatória e em parceria com as comunidades locais.

Usar álcool combustível e andar menos de automóvelA queima dos combustíveis fósseis, como gasolina e diesel, é uma das causas do aquecimento global. Usar cada vez menos o automóvel e mais o transporte público, a bicicleta ou mesmo ir a pé são boas alternativas. Se você decidir comprar um carro, escolha um modelo com motor flex fuel, usando apenas o álcool como combustível. O álcool é produzido a partir da cana-de-açúcar que, em seu processo de crescimento, absorve gás carbônico e compensa cerca de 95% do que é emitido na queima do etanol nos motores.

Repensar o consumo de produtos
A fabricação de qualquer produto envolve extração e processamento de matéria-prima, uso de água e de energia na produção, além do gasto de combustível no transporte até as lojas. Todos esses processos causam a emissão de gases de efeito estufa. Que tal repensar seu consumo antes de comprar um produto novo? Será que não dá para reaproveitar, usar por mais tempo ou procurar consertar o que está quebrado?

                        Fonte: http://www.akatu.org.br/central/noticias/2010/apague-a-luz-por-uma-hora-e-mostre-ao-mundo-que-voce-esta-a-favor-do-planeta-e-contra-o-aquecimento-global

terça-feira, 16 de março de 2010

Enrolando bom futuro

O governo promete editar nos próximos dias uma medida provisória para encaminhar uma "solução" sobre o impasse envolvendo o destino da floresta nacional do Bom Futuro, em Rondônia. A idéia é ceder 140 mil hectares de sua área (quase 57%), pouco menos que o anunciado por O Eco em outubro passado, e engrossar em 240 mil hectares os limites do parque nacional do Mapinguari e a estação ecológica Cuniã, ambos no sul Amazonas, na área da BR-319.

Reduzir unidades de conservação requer sinal verde do Congresso, enquanto ampliações podem ocorrer via decreto. Jogar ambas as ações em uma medida provisória que precisará de votação parlamentar pode ter efeitos adversos sobre o futuro daquelas áreas.

O encolhimento de Bom Futuro está ligado a pressões do governo de Rondônia envolvendo o licenciamento da hidrelétrica de Jirau. Na unidade de conservação federal há cerca de 3,5 mil famílias, criação de gado e muita degradação. O governo deve ceder as áreas menos interessantes do ponto de vista ecológico ao governo de Rondônia, que chegou a propor a troca da área da floresta nacional por uma área protegida estadual.

Política Nacional de Resíduos Sólidos

A Câmara dos Deputados aprovou nesta semana um substitutivo ao Projeto de Lei 203/91, do Senado Federal, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Entre as novidades trazidas pela nova lei está a responsabilidade compartilhada em relação à destinação final dos resíduos. Isso significa que cada integrante da cadeia produtiva, sejam eles fabricantes, importadores, distribuidores e até consumidores, ficarão responsáveis, junto com os titulares dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, pelo ciclo de vida completo do produto.

Em outras palavras, cada integrante será responsável pela destinação final do lixo que produz. O projeto explica como isso poderá ser feito: assim que sancionada, a lei obrigará fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes a investir no desenvolvimento, na fabricação e na colocação no mercado de produtos que possam ser reciclados e cuja fabricação e uso gerem a menor quantidade possível de resíduos sólidos. Já os consumidores ficam obrigados a acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos gerados, bem como disponibilizar corretamente os materiais reutilizáveis e recicláveis para coleta e devolução. Também será proibido o lançamento de resíduos sólidos ou rejeitos em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos e in natura a céu aberto, exceto no caso da mineração. Não será permitida ainda a queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados para essa finalidade.

A lei obriga também a estruturação e a implementação de sistemas de logística reversa para agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, sejam considerados resíduos perigosos. A adoção de medidas de logística reversa também valerá para pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, além de produtos eletroeletrônicos e seus componentes. A esperança é de que a lei que institui a Política revolucione a gestão de resíduos sólidos no Brasil, ampliando a reciclagem e eliminando lixões. O projeto aprovado pela Câmara seguirá agora para o Senado Federal para uma nova apreciação, onde, após aprovado, será encaminhado para sanção presidencial.


Fonte:http://www.oeco.com.br/blog-ecocidades/106-blog-ecocidades/23635-politica-nacional-de-residuos-solidos

Conservação em tempos de aquecimento

Hoje foi publicado mais um estudo sobre a importância de unidades de conservação e terras indígenas na redução do desmatamento e suas consequentes emissões de gases danosos à atmosfera. A pesquisa é assinada por cientistas de 13 instituições que reforçam o caráter vantajoso para todos os lados quando essa estratégia é priorizada, principalmente na ausência de regulação global para emissões oriundas de desmates, depois da Conferência do Clima, em Copenhague.

Disponibilizado online na PloS Biolody, o artigo sugere que a melhor maneira de começar a agir é cuidar melhor das áreas protegidas já existentes e criar novas. “Essa antiga estratégia do conservacionismo está encontrando novas motivações nos nossos desafios globais mais novos”, disse Taylor Ricketts, principal autor da pesquisa e diretor da WWF.

Os pesquisadores fizeram as contas: no mundo inteiro, as áreas protegidas seguram mais do que 312 bilhões de toneladas de carbono. Só na Amazônia brasileira, o desmatamento nesses locais é de sete a onze vezes menor do que nas áreas não legalmente protegidas. O artigo defende que unidades de conservação e terras indígenas criadas entre 2003 e 2007 podem evitar o desmatamento de pelo menos 227 mil km2 até 2050. Isso é mais do que um terço das emissões globais de dióxido de carbono equivalente. (CO2e)

O custo de criar e gerir as áreas protegidas em países em desenvolvimento é estimado em 4 bilhões de dólares por ano, o equivalente a quatro vezes mais do que é gasto hoje. Mas esse recurso é pouco (cerca de 13%) perto do potencial de captação por projetos de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD+) que trabalhassem com um preço conservador de 5 dólares por tonelada de CO2e.

Panorama sanitário mundial

A situação melhorou, mas, para muita gente, a falta de saneamento e água potável são determinantes para a sobrevivência: mais de 2,6 milhões de pessoas continuam sem os serviços e o problema ainda mata anualmente 1,5 milhão de crianças até cinco anos em todo o mundo. Os números fazem parte de um relatório divulgado ontem (15) pela Organização Mundial da Saúde e pelo Fundo das Nações Unidas para a infância.

Segundo o documento, que monitorou 209 países, apesar dos números ruins, o mundo deve alcançar o Objetivo do Milênio de reduzir pela metade o número de pessoas sem acesso à água potável, até 2015. Em algumas regiões, houve mais avanços, como no Sudeste da Ásia. O relatório cita, por exemplo, que defecar ao ar livre caiu consideravelmente no continente. Em todo o mundo, essa prática diminuiu de 25%, em 1990, para 17% em 2008, o que significa que 168 milhões passaram a ter acesso a sanitários. O documento pede que os países aumentem seu emprenho para resolução do problema.

No Brasil, somente 50,9% da população possui acesso à rede de esgoto.


Fonte:http://www.oeco.com.br/blog-ecocidades/106-blog-ecocidades/23655-situacao-sanitaria-mundial